Com o Louzadão em reformas, Mesquita vence a primeira em Moça Bonita

A tarde nublada desta quarta-feira em Bangu não escondeu o bom futebol do Mesquita. Apesar de atuar fora de seus domínios por conta da fase final de reformas que passa o estádio Nielsen Louzada, o alvinegro da Baixada Fluminense parecia em casa e dominou a partida desde o primeiro momento. Com os atletas mais tranqüilos que na estréia, a equipe valorizou a posse de bola e encontrava espaços com facilidade.

O Resende levou perigo pela primeira vez aos 19 minutos, quando Fabiano completou lançamento com o bico da chuteira. A bola ia entrando no canto esquerdo, quando Diogo salvou com a ponta da luva. Foi o primeiro lampejo de lucidez sul fluminense.

A equipe da casa voltou a dominar e, após pressionar bastante, Márcio Orelha, atacante vindo da Indonésia, abriu o placar aos 31 minutos de jogo, completando cruzamento de Bruno Suzano e balançou a rede para marcar o único gol da partida. A vantagem no placar não abalou o ímpeto ofensivo da equipe, que continuou a jogar no ataque e poderia ter ampliado ainda na primeira etapa.

O alvinegro das Agulhas Negras voltou a ameaçar com Arangio. Aos 36 minutos o atacante argentino avançou sozinho e mal marcado. Entrou na área e chutou, a bola explodiu no goleiro Diogo e saiu pela linha de fundo.

No segundo tempo o panorama da partida foi o mesmo. O Resende melhorou com as substituições promovidas pelo técnico Roy, que trocou a inofensiva dupla de atacantes. Com a entrada de João Carlos e Jack Jones, a equipe ganhou em movimentação, mas a bola não chegava ao setor.

Aos 29 minutos o árbitro Marcelo Venito Pacheco marcou pênalti para a equipe do sul do estado, originado em uma bola atrasada por Juan. O atacante Léo cobrou rasteiro e a bola entrou no canto direito de Diogo. Como houve invasão à área, Pacheco mandou repetir a cobrança e o mesmo jogador chutou a bola na trave.

O técnico Mário Marques aprovou a atuação da equipe, mas ressalta que ainda há muito a evoluir: “A aplicação que a equipe mostrou hoje foi muito importante. Tivemos ainda outras chances de matar o jogo antes. Na segunda etapa eles criaram chances e perderam um pênalti. O Juan errou e sabe que errou no lance que originou o pênalti. Não se atrasa uma bola daquela maneira em um campo molhado. Não pudemos contar ainda com alguns jogadores que ainda não foram inscritos, mas tudo tende a melhorar”, concluiu o técnico, se referindo a Da Silva, Dé e Fábio Costa.

Pelo lado do Resende, o Antonio Carlos Roy se mostrou muito insatisfeito com a atuação da equipe, mas lembrou que o objetivo principal do clube sul-fluminense é garantir permanência na primeira divisão: “Fizemos um primeiro tempo pavoroso, muito ruim. Na segunda etapa melhoramos e a equipe jogou os 45 minutos dentro do campo de ataque do Mesquita, A tabela foi cruel com o Resende, que fará 10 dos 15 jogos fora de casa. Em nosso campo teremos apenas 25% dos jogos. O ataque não rendeu e teremos que fazer mudanças. Hoje o resultado saiu do que planejamos e vamos treinar bastante para o jogo contra o Madureira, no sul fluminense”, garantiu o técnico.

A partida

Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho (Rio de Janeiro-RJ)

Árbitro: Marcelo Venito Pacheco

Mesquita: Diogo; Gaúcho (Vagner Eugênio), Alessandro Lopes, Juan e Filipinho; Léo, Índio, André Mello e Bruno Suzano (Rodrigo); Leandro Netto e Márcio Orelha (Wanderson). Técnico: Mário Marques.

Resende: Rodolpho; Valdir, Márcio Costa, Naílton e Fabiano; Beto, Fred (Márcio Gomes), Hiroshi e Léo; Arangio (João Carlos) e Rafael (Jack Jones). Técnico: Roy.

Fonte: www.sidneyrezende.com.br/futrio